terça-feira, janeiro 10, 2012

Polícia pede prisão de 3 por falsa morte com ketchup na Bahia

O delegado Marconi Almino de Lima, titular da delegacia de Pindobaçu, a 319 km de Salvador (BA), encaminhou à Justiça do município o inquérito do caso da mulher que forjou a própria morte com ketchup. De acordo com o delegado, foram pedidas as prisões preventivas de todos os três envolvidos na fraude.
De acordo com a investigação, Maria Nilza Pereira Simões, conhecida como Galega, encomendou a morte de Iranildes Aguiar de Arruda, a Lupita, por ciúmes de seu amante, Virlan Anastácio. Galega teria contratado Carlos Roberto Alves para cometer o crime. Entretanto, ao perceber que Lupita era sua amiga de infância, Carlos Roberto decidiu revelar à mulher a trama de sua rival e planejou forjar o assassinato. Com a ajuda de um ketchup e uma faca de cozinha, o pistoleiro contratado tirou uma foto de Lupita e a entregou a Galega como prova do crime, recebendo o pagamento.
Uma semana depois, certa de que Lupita estaria morta, Galega foi a uma festa pensando em se encontrar com Virlan. Ele estava na festa, mas aos beijos com a rival, dançando forró. A mulher então foi à delegacia e acusou Carlos Roberto e Lupita de roubo, mas, durante as investigações, o delegado descobriu a farsa.
Lupita e Carlos Roberto foram indiciados pelo crime de estelionato contra Galega, com penas que podem chegar a até 5 anos de prisão. Já Galega foi indicada por denunciação caluniosa (ato de fazer uma denúncia falsa), cuja pena pode chegar a até 8 anos de prisão. Além disso, ela será processada por ameaça de morte à rival, com pena de até 1 ano de reclusão.
De acordo com o delegado, o inquérito foi concluído ainda em 2011, mas, devido ao recesso do Judiciário, foi encaminhado à comarca do município apenas na última semana, sendo registrado oficialmente nesta terça-feira. O delegado aguarda agora o parecer do juiz para decretar ou não a prisão preventiva do trio. De acordo com Marconi de Lima, Carlos Roberto já está preso, em Senhor do Bonfim, acusado de participar de um assalto.

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