RÁDIO ITABUNENSE


01 janeiro 2012

Sem ajuda da polícia, empresário ilheense ´pede socorro´ pelo Facebook

Sem conseguir êxito nos contatos com as polícias militar, civil ou ambiental, um empresário da rede hoteleira de Ilhéus partiu na tarde deste domingo (01) para uma medida, no mínimo, inusitada: pediu socorro pelo facebook. De acordo com a publicação, um veículo, com licença do município de Jaguaquara, desde as sete horas da manhã está nas proximidades do Hotel Terras do Sem Fim, litoral sul de Ilhéus, "fazendo valer" um poderoso sistema de som em seu bagageiro. De acordo com o autor do pedido de socorro, Leonardo Diniz, "está impossível suportar o som, o hotel está em polvorosa, os hospedes não agüentam mais as esdrúxulas musicas e a altura do som". Na mensagem ele admite: "estou para ter um infarto!".
Carros com poderosos e sofisticados equipamentos de som já se apresentam como um dos maiores problemas do final do ano em loteamentos próximos à orla ilheense. Este não é um caso isolado. A reportagem do Jornal Bahia Online flagrou uma cena em plena noite do natal em um condomínio no litoral norte da cidade. Três casais de jovens chegaram a um bar. O som do carro estava ligado em decidéis bem acima dos permitidos pela lei. O dono do estabelecimento foi reclamar, mostrando, inclusive, sinalização no local que proibia o uso de sistema de som veicular nas redondezas. Com ironia, o grupo de jovens informou que não desligaria. E mais: que entre eles havia policial (não identificado pelos presentes). E concluiu: "neste grupo tem matador", ao tom de gargalhadas.
O novo delegado ambiental da cidade, que assumiu o cargo semana passada, já admitiu que uma das suas maiores missões é combater o execesso proveniente de carros de passeio que usam deste tipo de equipamento sonoro. Esta é uma queixa de toda a cidade que só aumenta neste período de verão. O desespero do empresário Leonardo Diniz, ao pedir socorro pela internet, reflete o sentimento da população que não tem a quem, na prática, pedir ajuda. Se ligar para a civil, esta geralmente lhe informa para procurar a militar. A militar afirma que tem a Polícia Ambiental encerragada para estas missões. E a ambiental, com pouca estrutura, nada - pelo menos por enquanto - consegue fazer. O jeito é pedir socorro virtual.
http://www.jornalbahiaonline.com.br/index.asp?noticia=16479

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