Mais de 80 homicídios, o pedido formal de desocupação da Assembleia Legislativa, feito pelo presidente da Casa ao Exército, e a chegada de uma tropa especial da Polícia Federal a Salvador reforçaram ontem o clima de tensão que domina a capital baiana, desde o início da greve dos policiais militares. No início da noite, a luz foi cortada no prédio, e o líder do movimento, o ex-bombeiro Marco Prisco, conclamou os grevistas a resistirem, recomendando que não usassem armas de fogo. No local, além dos grevistas havia filhos e mulheres dos policiais amotinados.
Quarenta homens do Comando de Operações Táticas, a "tropa de elite" da Polícia Federal (PF), chegaram à cidade por determinação do governo federal. A missão do grupo é cumprir 11 dos 12 mandados de prisão expedidos contra alguns grevistas e levar os detidos para presídios federais. Quatro blindados do Exército circulavam pelas ruas de Salvador ontem. Os veículos, do tipo Urutu, foram enviados de Recife.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), pediu ao general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia, na 6a Região Militar do Exército, apoio para a retirada dos grevistas do prédio da Assembleia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), até a meia-noite de ontem, sexto dia de paralisação da Polícia Militar do Estado. Nilo afirmou que não admite que o prédio seja usado para "abrigar fugitivos da Justiça com mandado de prisão em aberto"
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