O contexto político da briga de poderes na CBF vem colocando em lados opostos Ricardo Teixeira e seu tio Marco Antônio, demitido pelo sobrinho há cerca de duas semanas do cargo de secretário-geral da entidade.
Segundo presidentes de federações, Marco Antônio se aliou às entidades que desejam a convocação de eleições caso Ricardo se afaste da presidência da CBF, como especulado desde a semana passada.
Em caso de renúncia, o vice mais idoso, José Maria Marin, ligado a dirigentes paulistas, assumiria a entidade. Uma parte das federações estaduais lideradas por Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul é contrária ao processo natural de sucessão, exigindo a realização de novo processo eleitoral.
A indefinição do futuro da CBF aproximou Marco Antônio dos rebeldes. Quando demitido – e indenizado em cerca de R$ 3,1 milhões (leia ao lado) – o dirigente ouviu do próprio sobrinho que a decisão fazia parte do processo de desligamento da entidade.
Marco Antônio, inclusive, foi quem avisou presidentes de federação da saída do tio, marcada, inicialmente, para o último dia 16.
Diante da permanência provisória de Ricardo, o ex-secretário-geral passou a atuar ao lado dos rebeldes. Na semana passada, segundo um presidente de federação, participou de reunião no Rio de Janeiro com outros mandatários. Em pauta, o futuro da entidade.
– Fui convidado para a reunião e para a minha surpresa, ele (Marco Antônio) estava lá – afirmou.
O grupo se articula para atrapalhar a votação da reforma parcial do estatuto da CBF durante a Assembleia Geral Extraordinária do próximo dia 29. Nos bastidores, comenta-se que as alterações teriam a ver com a sucessão de Teixeira. Porém, ainda não foram reveladas.
Segundo nota da CBF, Teixeira voltaria à entidade após o Carnaval. Porém, segundo fontes ligadas ao cartola, seu retorno deverá ocorrer apenas na próxima semana.
Demissão surpreendeu
A demissão de Marco Antônio Teixeira já desenhava o atual contexto político da CBF. Na ocasião, presidentes de federações rebeldes foram pegos de surpresa pela saída do sobrinho de Ricardo.
– Não esperava a saída dele – disse Francisco Noveletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), um dos líderes das entidades rebeldes.
O discurso é o mesmo de Ednaldo Rodrigues, mandatário da Federação Baiana de Futebol (FBF):
– Liguei para ele quando saiu, para saber o que havia ocorrido.
Por outro lado, presidentes de federação próximos a Teixeira souberam até com antecedência da saída de Marco Antônio.
– Essa questão da demissão já era fato consumado alguns dias antes de ser anunciada – afirmou Evandro Barros Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).
CARREIRA NA CBF
Longa parceria
Secretário-geral da CBF durante 21 anos, Marco Antônio Teixeira foi por muito tempo a segunda figura mais importante da entidade. Era, por exemplo, responsável por programação e amistosos da Seleção.
Esvaziamento
Após o Mundial de 2006, o secretário-geral perdeu poder. Em parte, pela escolha da cidade suíça de Weggis para preparação da Seleção antes do torneio.
Substituição
Marco Antônio foi substituído, em princípio interinamente, pelo assistente de orçamento e controle da entidade, Júlio César Avelleda. Segundo o blog do jornalista Juca Kfouri, sua demissão custou cerca de R$ 3,1 milhões – sendo R$ 1,8 milhão pela rescisão e R$ 1,3 milhão a título de gratificações. (Lance)
A indefinição do futuro da CBF aproximou Marco Antônio dos rebeldes. Quando demitido – e indenizado em cerca de R$ 3,1 milhões (leia ao lado) – o dirigente ouviu do próprio sobrinho que a decisão fazia parte do processo de desligamento da entidade.
Marco Antônio, inclusive, foi quem avisou presidentes de federação da saída do tio, marcada, inicialmente, para o último dia 16.
Diante da permanência provisória de Ricardo, o ex-secretário-geral passou a atuar ao lado dos rebeldes. Na semana passada, segundo um presidente de federação, participou de reunião no Rio de Janeiro com outros mandatários. Em pauta, o futuro da entidade.
– Fui convidado para a reunião e para a minha surpresa, ele (Marco Antônio) estava lá – afirmou.
O grupo se articula para atrapalhar a votação da reforma parcial do estatuto da CBF durante a Assembleia Geral Extraordinária do próximo dia 29. Nos bastidores, comenta-se que as alterações teriam a ver com a sucessão de Teixeira. Porém, ainda não foram reveladas.
Segundo nota da CBF, Teixeira voltaria à entidade após o Carnaval. Porém, segundo fontes ligadas ao cartola, seu retorno deverá ocorrer apenas na próxima semana.
Demissão surpreendeu
A demissão de Marco Antônio Teixeira já desenhava o atual contexto político da CBF. Na ocasião, presidentes de federações rebeldes foram pegos de surpresa pela saída do sobrinho de Ricardo.
– Não esperava a saída dele – disse Francisco Noveletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), um dos líderes das entidades rebeldes.
O discurso é o mesmo de Ednaldo Rodrigues, mandatário da Federação Baiana de Futebol (FBF):
– Liguei para ele quando saiu, para saber o que havia ocorrido.
Por outro lado, presidentes de federação próximos a Teixeira souberam até com antecedência da saída de Marco Antônio.
– Essa questão da demissão já era fato consumado alguns dias antes de ser anunciada – afirmou Evandro Barros Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).
CARREIRA NA CBF
Longa parceria
Secretário-geral da CBF durante 21 anos, Marco Antônio Teixeira foi por muito tempo a segunda figura mais importante da entidade. Era, por exemplo, responsável por programação e amistosos da Seleção.
Esvaziamento
Após o Mundial de 2006, o secretário-geral perdeu poder. Em parte, pela escolha da cidade suíça de Weggis para preparação da Seleção antes do torneio.
Substituição
Marco Antônio foi substituído, em princípio interinamente, pelo assistente de orçamento e controle da entidade, Júlio César Avelleda. Segundo o blog do jornalista Juca Kfouri, sua demissão custou cerca de R$ 3,1 milhões – sendo R$ 1,8 milhão pela rescisão e R$ 1,3 milhão a título de gratificações. (Lance)
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