Se o jogo do bicho financiou boa parte do crescimento do Carnaval, recentes episódios policiais envolvendo contraventores líderes de escolas de samba, suspeita de fraude no Acesso A e confusão em frisas inacabadas na Sapucaí sinalizam que o maior espetáculo da Terra pode tomar novos rumos. A vitória — segunda nos últimos três anos — de escola sem bicheiros na diretoria pode representar marco da transformação da festa em negócio.
A Unidos da Tijuca captou metade dos R$ 10 milhões para seu desfile campeão em ações de marketing. A União da Ilha montou seu departamento de promoções, a São Clemente se associou a empresário do entretenimento. Para ajudar as escolas a se sustentarem e atraírem patrocínio, o Sebrae faz estudo da economia criativa. Sem a ‘marca’ do bicho, mais empresas podem associar seu nome ao evento que atraiu 850 mil turistas e injetou R$ 1,2 bi no Rio em 2011.
Nos últimos três anos, a prefeitura investiu R$ 20 milhões na reforma de quadras de escolas, como Portela, Ilha e Imperatriz. As obras no Salgueiro, Império Serrano e Mocidade estão no fim. Caprichosos e Vila Isabel serão as próximas, avisa o prefeito Eduardo Paes, que propõe a rentabilização dos espaços: “Assim, incentivamos a profissionalização”.
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