Era um dia especial. Havíamos voltado do trabalho e tínhamos trabalhado bastante coletando sangue de 30 pinguins. À noite, estávamos cansados. Fizemos um jantar, fritamos alguns peixes, pescados por colegas. Ficamos todos por ali, comendo petiscos e conversando. Como tinha sido um dia cheio, até que todo mundo voltasse e tomasse banho, começamos a comer tarde, por volta da meia-noite. Foi quando teve uma queda de luz. Eu e um amigo físico, que observa ondas eletromagnéticas, saímos da estação para ver as estrelas, aproveitando que, sem iluminação, fica melhor de ver. Mas vimos um clarão...
O relato do biólogo gaúcho Cesar Rodrigo dos Santos, 36 anos, um dos 30 pesquisadores presentes na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, destruída por um incêndio que abalou a comunidade acadêmica e enlutou a família de dois militares mortos, revela os bastidores de uma das maiores tragédias científicas do Brasil.
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