Até meados do ano passado, a biblioteca e o Arquivo Público funcionavam em um prédio histórico localizado na avenida Soares Lopes. Àquela época, um laudo técnico assinado pelo engenheiro civil Hermano Fahning, diretor de operações da secretaria municipal de Planejamento, determinou a imediata suspensão das atividades no local, que apresentava sérios problemas em sua estrutura e poderia vir a desabar. O histórico prédio, localizado na praça Castro Alves, avenida Soares Lopes, vinha há anos sofrendo com problemas de infiltração e rachaduras nas paredes.
A medida emergencial adotada pela Prefeitura foi fechar o espaço cultural para evitar uma tragédia. Meses depois, após muita pressão popular e sem nenhuma decisão sobre a reforma, foi determinado pela secreária de Educação, Lidiney Campos, que se procurasse um imóvel provisório para continuar atender a população. A dificuldade foi enorme. A fama de inadimplente da Prefeitura, dificultou as negociações. E somente depois de várias tentativas, conseguiram alugar um imóvel na rua Rotary, próximo à 18a. CSM, para onde parte do acervo foi transferida.
Problema resolvido? Longe disso. A fama de caloteira se fez valer. Até hoje, apenas um mês de aluguel, o mês de julho do ano passado, foi quitado junto ao locador que já pede na justiça a imediata desocupação do prédio. Para piorar, como o espaço é bem menor que o anterior, houve redução do número de funcionários, de 12 para cinco, e do período de funcionamento da biblioteca que passou a atender o público apenas pela tarde.
Quer dizer: deveria atender. A última vez que os servidores receberam vale-transporte, um direito adquirido para o deslocamento ao seu local de trabalho, foi dia 6 de dezembro. Sem condições de arcar com estas despesas, a biblioteca está fechada por falta de servidor. Uma vergonha generalizada!
Paralelamente a tudo isso, não se sabe que destino será dado ao prédio histórico, sede da Biblioteca e Arquivo Públicos, hoje ocupada como abrigo por moradores de rua. A área mais afetada é o piso inferior da biblioteca Adonias Filho. De acordo com Hermano Fahning, a estrutura ainda não cedeu porque trata-se de uma obra feita em 1915, quando a engenharia exagerava na segurança de projetos estruturais. Nas paredes do histórico imóvel existem, inclusive, trilhos de ferro, que estão ajudando a segurar a estrutura comprometida. Como se trata de um prédio histórico, o engenheiro sugere que a restauração seja feita com o uso de um reforço estrutural.
A Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho possui cadastrado pelo menos 35 mil títulos, incluindo neste acervo uma quantidade significativa de obras raras da literatura brasileira. Só em Braile, o acervo é composto de pelo menos 6 mil exemplares. Cerca de 600 estudantes passam mensalmente pelo espaço, que atende, além de estudantes secundaristas, muitos universitários que estudam no eixo Ilhéus-Itabuna.
Segundo a historiadora Maria Luísa Heine, o prédio foi inaugurado em 31 de dezembro de 1915, tendo se constituído na primeira escola pública municipal. Mais tarde passou a se chamar Grupo Escolar General Osório. Foi construído pelo Intendente Antonio Pessoa da Costa e Silva em um terreno doado pelo coronel Misael Tavares, numa época de crise mundial, pois àquela época estava em andamento a Primeira Grande Guerra. O presidente do Brasil era Wenceslau Brás e o governador da Bahia, J.J. Seabra.
A construção lembra as da Belle Époque francesa, pois no Brasil ainda se dava valor a este estilo. Esta expressão, Belle Époque, está diretamente ligada ao período iniciado em 1871, um período romântico, onde acreditava-se que não haveria mais guerra, as mulheres passaram a ter maior participação social e o mundo melhoraria porque a ciência estava se desenvolvendo para resolver todos os problemas do homem, segundo a filosofia positivista.
Durante muitos anos funcionou a escola, tendo o prédio sido utilizado pelo exército durante a Segunda Guerra Mundial. O prédio está dividido em duas partes, onde a freqüência era dividida em “sexo feminino” e “sexo masculino”. Hoje pela manhã a reportagem do JBO ligou para a secretária Lidiney Campos, mas não conseguiu obter contato.
http://www.jornalbahiaonline.com.br/index.asp?noticia=16894
A medida emergencial adotada pela Prefeitura foi fechar o espaço cultural para evitar uma tragédia. Meses depois, após muita pressão popular e sem nenhuma decisão sobre a reforma, foi determinado pela secreária de Educação, Lidiney Campos, que se procurasse um imóvel provisório para continuar atender a população. A dificuldade foi enorme. A fama de inadimplente da Prefeitura, dificultou as negociações. E somente depois de várias tentativas, conseguiram alugar um imóvel na rua Rotary, próximo à 18a. CSM, para onde parte do acervo foi transferida.
Problema resolvido? Longe disso. A fama de caloteira se fez valer. Até hoje, apenas um mês de aluguel, o mês de julho do ano passado, foi quitado junto ao locador que já pede na justiça a imediata desocupação do prédio. Para piorar, como o espaço é bem menor que o anterior, houve redução do número de funcionários, de 12 para cinco, e do período de funcionamento da biblioteca que passou a atender o público apenas pela tarde.
Quer dizer: deveria atender. A última vez que os servidores receberam vale-transporte, um direito adquirido para o deslocamento ao seu local de trabalho, foi dia 6 de dezembro. Sem condições de arcar com estas despesas, a biblioteca está fechada por falta de servidor. Uma vergonha generalizada!
Paralelamente a tudo isso, não se sabe que destino será dado ao prédio histórico, sede da Biblioteca e Arquivo Públicos, hoje ocupada como abrigo por moradores de rua. A área mais afetada é o piso inferior da biblioteca Adonias Filho. De acordo com Hermano Fahning, a estrutura ainda não cedeu porque trata-se de uma obra feita em 1915, quando a engenharia exagerava na segurança de projetos estruturais. Nas paredes do histórico imóvel existem, inclusive, trilhos de ferro, que estão ajudando a segurar a estrutura comprometida. Como se trata de um prédio histórico, o engenheiro sugere que a restauração seja feita com o uso de um reforço estrutural.
A Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho possui cadastrado pelo menos 35 mil títulos, incluindo neste acervo uma quantidade significativa de obras raras da literatura brasileira. Só em Braile, o acervo é composto de pelo menos 6 mil exemplares. Cerca de 600 estudantes passam mensalmente pelo espaço, que atende, além de estudantes secundaristas, muitos universitários que estudam no eixo Ilhéus-Itabuna.
Segundo a historiadora Maria Luísa Heine, o prédio foi inaugurado em 31 de dezembro de 1915, tendo se constituído na primeira escola pública municipal. Mais tarde passou a se chamar Grupo Escolar General Osório. Foi construído pelo Intendente Antonio Pessoa da Costa e Silva em um terreno doado pelo coronel Misael Tavares, numa época de crise mundial, pois àquela época estava em andamento a Primeira Grande Guerra. O presidente do Brasil era Wenceslau Brás e o governador da Bahia, J.J. Seabra.
A construção lembra as da Belle Époque francesa, pois no Brasil ainda se dava valor a este estilo. Esta expressão, Belle Époque, está diretamente ligada ao período iniciado em 1871, um período romântico, onde acreditava-se que não haveria mais guerra, as mulheres passaram a ter maior participação social e o mundo melhoraria porque a ciência estava se desenvolvendo para resolver todos os problemas do homem, segundo a filosofia positivista.
Durante muitos anos funcionou a escola, tendo o prédio sido utilizado pelo exército durante a Segunda Guerra Mundial. O prédio está dividido em duas partes, onde a freqüência era dividida em “sexo feminino” e “sexo masculino”. Hoje pela manhã a reportagem do JBO ligou para a secretária Lidiney Campos, mas não conseguiu obter contato.
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