Onze grupos, pelo menos, entregaram ontem suas propostas na BM&F Bovespa para o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, que acontece na segunda-feira. Não houve confirmação oficial do número de competidores, que só será conhecido no dia do leilão. Além disso, hoje a comissão de licitação barrará os que não apresentaram a documentação ou as garantias exigidas pelo edital. Entre os que confirmaram ter apresentado propostas estão grandes conglomerados, como Odebrecht, Ecovias, CCR, Queiroz Galvão, OHL e Invepar, que competirão com grupos de médio porte como Triunfo, Engevix e a construtora Fidens.
Os três aeroportos que serão privatizados no dia 6 respondem por 30% da movimentação de passageiros e por 57% da carga aérea transportada no país. Vencerá a disputa, que será simultânea para os três terminais, quem apresentar o maior valor de outorga. Os lances mínimos são: R$ 3,4 bilhões para Guarulhos, R$ 1,5 bilhão para Viracopos e R$ 582 milhões para Brasília. O que significa que, com os três terminais, o governo embolsará, pelo menos, R$ 5,4 bilhões.
A expectativa entre os especialistas é de ágios elevados para as concessões de Guarulhos e Brasília. Eduardo Padilha, da Planos, empresa de estudos de engenharia e projetos, diz que, por já serem fortes geradores de caixa, esses dois aeroportos permitem ao vencedor fazer frente a um valor de outorga mais elevado.
- Como a outorga será paga ao longo do prazo das concessões (de 20 anos para Guarulhos e 25 para Brasília), o valor anual não é tão alto e pode ser diluído, o que permite um ágio maior - diz Padilha.
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