quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Prefeitura desconhece lucro gerado pela folia

O vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, anunciou nesta quarta-feira, 22, um prejuízo parcial de R$ 8 milhões com a organização do Carnaval 2012. Mas a conta é imprecisa porque trabalha com uma despesa de R$ 30 milhões que se repete há três anos, estimada por estudo feito em 2009, e com uma receita de R$ 22 milhões, que não incluiu os ganhos decorrentes da arrecadação do Imposto Sobre Serviço (ISS) cobrado de bares, restaurantes, hotéis, blocos e camarotes.
A imprecisão se revela pelo próprio prefeito João Henrique. No último dia 14, matéria publicada no site oficial do Carnaval registra: “O prefeito reconheceu que o valor ainda é muito pouco, face à despesa com a realização da festa, três vezes maior que o valor da atual arrecadação”.
Questionado sobre o porquê de uma despesa estanque em R$ 30 milhões, Edivaldo Brito afirmou que “não considera Carnaval como despesa” e que “há diferença técnica entre despesa específica e investimento (custo)”. O vice-prefeito, também coordenador da organização do Carnaval, disse ainda que não havia “elementos” para mensurar os custos da festa.
Frente às contas inconclusas, o presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinôco, responsável pela captação dos patrocínios para o Carnaval, defende que a folia é “autossustentável”.
O gestor se baseia no Relatório Diagnóstico Mercadológico Carnaval 2009, realizado a seu pedido pela empresa de consultoria Mídia e Planejamento Comunicação.

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