Remédio para deficit de atenção é ligado a pensamento suicida
Membros de um comitê da FDA (agência que supervisiona alimentos e remédios nos EUA) pediram para o órgão incluir na bula do remédio Focalin, indicado para TDAH (transtorno de deficit de atenção e hiperatividade), um alerta para o risco de pensamentos suicidas.
A droga não é vendida no Brasil e é indicada para crianças a partir de seis anos.
A agência recebeu oito relatos desse efeito colateral em crianças e adolescentes. Quatro desses casos parecem ter ligação direta com a droga.
A FDA, porém, disse que esse tipo de efeito colateral não apareceu nos ensaios clínicos e que o número de reclamações é pequeno em comparação à quantidade de crianças que usam o Focalin.
A bula da droga já contém advertências dizendo que os pacientes podem ter sintomas psicóticos ou de euforia depois de tomar o remédio, mas pensamentos suicidas não são mencionados.
A Novartis, que fabrica o remédio, disse que o Focalin não apresenta nenhuma semelhança com as medicações à base de metilfenidato disponíveis para o tratamento do TDAH no Brasil.
"Há um número enorme de pessoas que usam esse remédio e não têm esses efeitos. É difícil saber se os pacientes teriam isso sem o remédio", diz Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e adolescência da USP.
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