Siamesas abandonadas em hospital por oito anos têm a chance de fazer cirurgia de separação
Aos oito anos de idade, as gêmeas siamesas Vani e Veena finalmente terão a chance de fazer uma cirurgia de separação. As meninas foram abandonadas pelos pais, recém-nascidas, em um hospital na cidade de Hyderabad, na Índia. O casal não podia arcar com os custos de saúde das irmãs.
As duas viveram por oito anos no quarto do Hospital Niloufer. Elas recebiam os cuidados da equipe de enfermagem do lugar. Agora, o pai Maragana Murali, 45 anos, e a mãe Naga Laxmi, de 40, voltaram para autorizar a cirurgia de separação das meninas.
“Eu achei muito duro deixar os médicos operarem minhas filhas antes, porque eles não me deram nenhuma garantia de que elas sobreviveriam”, explicou Naga, segundo informações do jornal “Daily Mail”. “Mas agora que elas estão mais velhas, eu percebi que não podem continuar assim. Estou rezando para que sobrevivam e voltem para casa conosco”, acrescentou a mãe.
Ainda de acordo com a publicação, Naga estava inconsciente quando as filhas nasceram, em outubro de 2003. Quinze dias depois, ela acordou e caiu em prantos quando viu que as filhas estavam unidas pela cabeça. “Não parei de chorar por meses”, lembrou. Os médicos quiseram operar as meninas na época, mas não deram garantias de que elas sobreviveriam, então o casal recusou o procedimento.
Naga diz que ela e o marido não queriam deixar as filhas no hospital, mas não tiveram outra alternativa. “Mal tínhamos dinheiro suficiente para manter um teto sobre nossas cabeças. Nossa única esperança era que o hospital as salvasse”.
Veena e Vani continuam vivendo no hospital, mas os pais as visitam sempre que podem. Naga tem ficado com as gêmeas por dias, porque está difícil deixar as duas sozinhas de novo. “Às vezes me pego chorando por elas”, contou a mãe.
Narendra Kumar, cirurgião pediatra do hospital e amigo das gêmeas, está procurando um especialista internacional para fazer a operação. “Não temos neurologista no hospital, então estamos procurando por um”, explicou ele.
O médico disse ainda que as irmãs não compartilham nenhuma parte do cérebro, o que torna o procedimento possível. “As meninas sonham em ser separadas, então esperamos realizar o desejo delas”, disse Kumar.
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