segunda-feira, março 19, 2012

Auxílio-doença para transtorno mental cresce 68,3% na Bahia

Aos 18 anos, João* conseguiu o primeiro emprego de carteira assinada, como armador de andaime. Ganhava R$ 900. “No começo, comprava roupa e tênis de marca. Depois, comecei a gastar tudo com crack”, conta. Seis anos se passaram. O jovem perdeu o emprego, adotou a rua como moradia e hoje tenta se recuperar no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas Gregório de Matos (Caps-AD), que funciona na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus.
Experiências desastrosas com as drogas já são conhecidas. A novidade é que elas têm refletido nas estatísticas previdenciárias na Bahia e no País. Levantamento realizado este ano pelo Ministério da Previdência Social revela que, no Estado, os afastamentos de trabalhadores por transtornos mentais diretamente relacionadas ao uso de drogas subiram 68,3%, de 268, em 2009, para 451, no ano passado.
O cenário baiano acompanha um fenômeno constatado no Brasil, embora este seja proporcionalmente menor. No mesmo período, o total dos auxílios-doenças no País saiu de 32.636 para 41.845, um aumento de 28,2%.

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