Quando os primeiros jesuítas chegaram ao
Brasil, em 1549, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, o país era um
vasto território a ser colonizado e catequizado. Mais de quatro séculos
depois, o movimento de catequese vai hoje no sentido contrário: o
Brasil se tornou um significativo “exportador” de missionários cristãos
para o mundo, apontam estimativas de um recém-publicado estudo
norte-americano.
E isso é parte de uma tendência de fortalecimento do cristianismo no
sul do planeta, enquanto a Europa caminha para a secularização, explica o
autor da pesquisa, professor Todd Jonhson, do Centro de Estudos do
Cristianismo Global da Universidade Gordon-Conwell. O número de
brasileiros é inédito, explica Johnson representa um aumento de 70% em
relação ao ano 2000 (quando o país tinha cerca de 20 mil missionários no
exterior) e tende a crescer. ”A quantidade de missionários enviados
pelo Sul global supera o declínio (do cristianismo) na Europa”, diz o
estudioso.
“A quantidade de missionários enviados
pelo Sul global supera o declínio (do cristianismo) na Europa”, diz o
estudioso. ”No caso da América Latina e do Brasil, isso se justifica por
um senso maior de responsabilidade pelo mundo exterior, pela
estabilidade econômica, por suas conexões de idioma com a África e por
um desejo de oferecer uma evangelização que, diferentemente da praticada
pelos EUA, não carrega o fardo de invasões.”
BBC Brasil
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