quarta-feira, março 14, 2012

CRÍTICA: ‘American horror story’ investe nos pavores imaginados

Acabou a primeira temporada de “American horror story” (aqui exibida na Fox) e, ainda bem, seus produtores já estão fazendo as escalações para a segunda. Classificar o programa como “de terror” é arriscar uma tremenda redução, embora não seja 100% um erro. Trata-se de uma série para os que têm um pouco de coragem, mas não só isso. É sobretudo um programão para aqueles que gostam de embarcar nos roteiros mais heterodoxos.
O enredo acompanha a família Harmon: o pai, Ben (Dylan McDermott), a mãe, Vivien (Connie Britton), e a filha adolescente, Violet (Taissa Farmiga). Eles se mudam de Boston para Los Angeles na tentativa desesperada de deixar para trás um mau pedaço — um caso extraconjugal do marido e um aborto da mulher. Na nova vida, entretanto, os esqueletos que eles guardam no armário farão companhia a outros tantos, da casa mal-assombrada para a qual se mudam. Ao lado, mora Constance (Jessica Lange, excelente no papel), uma vizinha esquisitíssima.
Os filmes de terror clássicos trabalham com o princípio que os seres do outro mundo que estão expondo na tela existem de verdade. “American horror story” não. Seu investimento é nos pavores imaginados, os do inconsciente, aqueles que costumam ser digeridos no divã. O terror aqui é um parente próximo do erotismo. Não à toa, Ben é psicanalista. Seus fantasmas e os de seus pacientes também circulam pela casa. Este surrealismo vem embalado com uma cenografia cheia de apuro estético e uma trilha esperta. “American horror story” merece a sua atenção. Se não embarcar logo no primeiro episódio, insista. Você será capturado. Aconteceu comigo.

Sigilo cerca ‘Fina estampa’
Os dois últimos capítulos de “Fina estampa” ainda não foram entregues ao elenco. Aos atores foi informado que eles receberão suas cenas finais separadamente. O texto já está chegando em cima da hora, no próprio dia da gravação. Tudo para manter o mistério. Vale lembrar que Aguinaldo Silva anunciou que escreveu o desfecho. A novela chegará ao fim no próximo dia 23.

Ânimo inesperado
Aconteceu esta semana em “Dexter”, no FX. Uma das primeiras cenas era com uma mulher morta. O corpo estava de bruços e, quando os detetives o desviraram, a defunta deu uma ajeitadinha no pé esquerdo.

Até no Olimpo
A uma certa altura da peça “Xanadu”, Miguel Falabella aparece caracterizado como Zeus, com uma vasta cabeleira branca e rebelde. Uma das musas em cena com ele não hesitou: “Fala, Pereirinha!”.

Casa real
Chayenne, personagem de Cláudia Abreu em “Cheias de charme”, vai morar num casarão cor-de-rosa. Para isso, a produção da novela mandou pintar uma mansão na Barra da Tijuca.

Missivistas
Falando em casa, Bruno Mazzeo e Filipe Miguez, autor de “Cheias de charme”, são vizinhos, na Gávea. A dupla trocou bilhetes por debaixo da porta quando o ator acertou sua participação na novela.

Ganhou medalha...
Agora que o episódio “Soterrados” (da série “Viver para contar”) foi premiado com a medalha de prata no Festival de Nova York, o Discovery voltará a coproduzir com a Conspiração.

...E vai continuar
Discovery e Conspiração farão mais oito programas. “Viver para contar” é uma série de docudramas sobre histórias incríveis de sobrevivência ocorridas na América Latina.

Espírito baiano
Humberto Martins estava emocionado no workshop de “Gabriela”. Ele contava a uma colega, num canto discreto, que é muito espiritualizado: “Só pode ser coisa ‘dele’ eu estar nesse papel (de Nacib) hoje. Tenho certeza”, dizia o ator, referindo-se a Armando Bogus, o Nacib da versão de Walter Durst. Eles trabalharam juntos em “Pedra sobre pedra”, em 1992, e Armando já estava debilitado por conta da leucemia. Na época, eles ficaram muito próximos e Humberto contou, com olhos cheios de lágrimas, que ele buscava e levava o amigo em casa para gravar.

Globo cresce no Rio
A Globo foi a única emissora que cresceu no Rio em fevereiro comparando com o mesmo período em 2011. A Globo RJ teve média de 17,2 pontos no mês (das 7h às 24h), um crescimento de 9%. Há um ano, o número foi 15,7. O fato se deve principalmente ao bom desempenho de “Fina estampa”.

...E outras emissoras caem
A Record apresentou a segunda maior queda no período, 7%: de 7,3 pontos para 6,8 pontos; o SBT passou de 5,8 pontos para 5,7, uma diminuição de 2%. A Band despencou 3% e passou de 1,64 para 1,59 ponto; a Rede TV! registrou a maior queda, 21%, de 1,05 para 0,8 ponto.

Atua e dirige, tudo isso com amor
Maria Flor vai se arriscar na direção, além de atuar. Ela começará a gravar, dia 3 de abril, o seriado romântico “Do amor” (título provisório) para o Multishow. Armando Babaioff fará par com Maria. Ainda no elenco, Lúcia Bronstein e João Velho. A produção é da Fina Flor Filmes (da roteirista Márcia Leite, mãe da atriz).

Varre, vassourinha
Depois do malandro Ismael de “Insensato coração”, Juliano Cazarré voltará à TV em “Avenida Brasil” como Adauto, gari honesto e ingênuo. O ator acompanhou o trabalho de três funcionários da Comlurb e chegou a levar para casa uma vassoura usada. Tudo “para pegar o jeito com que eles manuseiam o objeto”.

Mudança
Kelly será a última líder desta edição do "Big Brother Brasil" a ficar impedida de disputar a próxima prova pela liderança. Esta é uma das mudanças que Boninho prometeu fazer no jogo nesta reta final.
- A partir da semana que vem, tudo muda - avisa Boninho. - O líder participará das provas.
Na semana passada, ele adiantou também que promoverá uma sucessão de paredões e a final contará com apenas dois jogadores.

NOTA 10
Para Suzy Rêgo, pela Jaqueline de “Amor eterno amor”, novela de Elizabeth Jhin. Sua personagem, divertida, está fora da trama central, mas, mesmo assim, a atriz vem se destacando. Ela brilhou esta semana numa cena boba com Miguel Rômulo.

NOTA 0
Para o “Show de humor” na Record. Apresentada pelos ex-“Pânico” Gluglu e Mendigo, é uma das atrações mais melancólicas da TV. Anteontem, a dupla surgiu numa praia catarinense mexendo com as moças da maneira mais grosseira possível. (Patrícia Kogut)

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