segunda-feira, março 19, 2012

Sobrevivência dos clubes do interior: investir na base ou ser barriga de aluguel?


Eram felizes e não sabiam. Durante as décadas de 1970, 80 e 90, os clubes do interior paulista, encabeçados por Guarani, Ponte Preta, América, XV de Jaú, Ferroviária, Marília e pelo nosso Botafogo, de Sócrates, Zé Mário, Paulo Egídio, Raí, Boiadeiro e tantos outros, faziam a diferença.
Era a época da mãe fértil que procriava a cada ano expoentes para o futebol brasileiro e mundial. Comum naquele tempo era ligar o rádio, sintonizar no AM e ouvir a escalação dos times “chamados pequenos” com vários jogadores oriundos das categorias de base.
Jogavam por amor, o beijo no brasão era verdadeiro, literalmente colocavam o coração no bico da chuteira. Um orgulho vestir a camisa que se confundia muitas vezes com a própria pele. Jogar profissionalmente pelo clube de formação era uma honra… Os clubes grandes da capital paulista suavam para conquistar um pontinho fora de casa contra os chamados pequenos, bons tempos!O profissional, até então recheado de jogadores criados no próprio clube, mudou de identidade e passou a ter o sobrenome “barriga de aluguel”.

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