Continua a quebra de braço entre rodoviários e empresários do setor de transporte. Mesmo com o reajuste de 7,5% nos salários e um aumento no tíquete alimentação para R$11,22, além do retorno do quinquênio oferecido aos rodoviários durante o julgamento do dissídio de greve, realizado ontem na sede do Tribunal Regional de Trabalho (TRT), a categoria decidiu em assembleia manter a greve por tempo indeterminado. Ao todo, 18 mil rodoviários estão em greve na Bahia. “A categoria avaliou e resolveu continuar a greve por tempo indeterminado, até os empresários melhorarem esta proposta e dividir um pouco desta gordura que está acumulada durante estes anos. A proposta que ainda poderia a assembleia discutir, para sair do impasse, foi a do Ministério Público do Trabalho de 8.34% de reajuste, tíquete para 30 dias de R$12, e a volta do quinquênio. É uma proposta que com certeza a categoria ia ver com outros olhos”, disse à Tribuna Ubirajara Sales, diretor administrativo do Sindicato dos Rodoviários. Segundo o TRT, com a decisão de não voltar ao trabalho, o sindicato da categoria vai pagar multa diária de R$ 50 mil e os sindicatos patronais de R$ 25 mil. Por ser considerada abusiva, o TRT informou que o Sindicato dos Rodoviários terá que pagar uma multa de R$ 150 mil por descumprir a liminar judicial que determina a frota de 60% dos coletivos nas ruas nos horários de pico e 40% nos horários normais. Também por não obedecer a liminar, os sindicatos patronais vão pagar multa de R$ 75 mil.
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