RÁDIO ITABUNENSE


08 junho 2012

Bahia é o 2º em mortes por leptospirose no Nordeste

Bueiros entupidos, terrenos abandonados, falta de saneamento básico, matagais e lixo. Esta é a combinação ideal para a infestação de ratos na cidade, principal vetor da leptospirose, doença infecciosa que pode levar à morte. Na capital baiana, a situação pode ser considerada calamitosa, já que o Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) considera que há infestação em vários de bairros devido à grande concentração de lixo, em alguns casos descartado irregularmente pela população, esgotos e restos de alimentos espalhados pelas ruas e terrenos baldios.
Segundo o Ministério da Saúde, somando os dados dos últimos quinze anos (1997 a 2011), a Bahia se configura como o segundo Estado de maior número de óbitos por leptospirose no Nordeste, com 306 mortes, atrás apenas de Pernambuco, com 520 mortes. Nacionalmente, a Bahia fica em sexto, atrás de Pernambuco, Paraná (478), Rio de Janeiro (816), Rio Grande do Sul (503) e São Paulo (1447). Conforme a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até maio deste ano já foram registrados 94 casos e duas mortes. Apesar do alto número de mortes, os dados da Sesab mostram uma redução de 57,8% se comparado 2010 (38 óbitos) com 2011 (16 óbitos).
Ainda conforme o Ministério da Saúde, as capitais e regiões metropolitanas são mais suscetíveis à ocorrência da doença, principalmente em períodos chuvosos, por causa da poluição de rios, dos inúmeros esgotos a céu aberto, do acúmulo de lixo em locais inapropriados e da grande rede de galerias subterrâneas.

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