terça-feira, julho 31, 2012

Impasse deixa Via Dutra refém de caminhoneiros

O impasse entre caminhoneiros e o governo federal que levou a categoria a parar ontem a Rodovia Presidente Dutra (Rio-São Paulo), a principal do país, fez acender o sinal amarelo em Brasília. Preocupado com o aumento do número de manifestações, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, receberá a categoria hoje para discutir a pauta de reivindicações e estudar uma saída para a crise. No início da tarde, o ministro conversará com representantes da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), contrária à greve dos transportadores de carga. Para a entidade, que considera que o governo tem se mostrado sensível aos pedidos do setor, a paralisação representa um retrocesso. Às 16h, Passos conversará também com membros do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que convocou entidades de caminhoneiros autônomos em todo o país e deu inicio à mobilização na última quarta-feira, dia de São Cristóvão, padroeiro da categoria. Os primeiros protestos chegaram à Dutra na tarde de anteontem. Mas o caos se instalou às 4h de ontem, quando as pistas foram totalmente bloqueadas. Como resultado, motoristas revoltados, filas intermináveis de veículos e ameaças aos caminhoneiros que não quiseram aderir ao protesto. No ponto onde foi montada a maior barreira, no km 273, em Barra Mansa, o congestionamento alcançou 21 quilômetros no sentido Rio. Para quem seguia rumo a São Paulo, as filas chegaram a 10 quilômetros. Motoristas ficaram parados por mais de sete horas. Nem ambulâncias eram liberadas. Tudo isso sob as vistas da Polícia Rodoviária Federal.

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