O comerciante Lazaro da Silva Brum, 49, adotou o apelido "Mensalão" para se candidatar a vereador em Santa Rosa (RS) pelo PPS. É a primeira vez que ele concorre. O nome vem da lanchonete que abriu na cidade quando o escândalo veio à tona: a Mensalão Lanches.
Folha - Por que Mensalão? Lazaro Brum - Não tem nada a ver com corrupção. Isso nem comento. Qual é a minha culpa se os caras me chamam assim? Estou atendendo [na lanchonete], e eles vêm: "Ô, Mensalão, traz uma cerveja?".
Mas o nome é coincidência? Abri a firma quando o mensalão estourou. Amigos falavam: "Coloca [o nome de] Lancheria dos Amigos". Pensei: não, vamos colocar diferente. Eu sou gordinho, combinou. Aí, agora, só me chamam de Mensalão. E meus filhos de Mensalinho.
O apelido atrapalha? Está até ajudando. Começam a gritar para o prefeito daqui, que é PT: "Mensalão, mensalão!". E eu respondo: "Ó, vão me eleger!" [risos].
E qual será o resultado do julgamento, na sua opinião? Ah, vai estourar naquele que morreu, porque quem está morto não fala, né?
Já pensou em mudar o nome da lanchonete para Caixa Dois, já que os réus falam que é isso que aconteceu? Não, não. Quero colocar o nome maior ainda [no letreiro]: Mensalão Lanches. Sou do povão, não tenho atrito com ninguém. E aqui no interior ninguém entende o que é mensalão, não. (Mônica Bergamo)
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