Safra agrícola bate recorde, mas preço de grãos continua em alta

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ontem que a safra nacional de grãos deste ano deve chegar a 163,3 milhões de toneladas, 2% superior à obtida em 2011. Para a safra de grãos, a projeção de crescimento é de 27%, enquanto arroz e soja recuam 14,9% e 12,2%, respectivamente. Horas depois, foi a vez de o governo divulgar suas projeções para a safra de grãos 2011/2012, que será recorde, chegando a 165,92 milhões de toneladas em área plantada de 50,81 milhões de hectares.O resultado é 1,9% maior do que o da safra anterior. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, comemorou a "maior safra da história do país" e afirmou que o governo poderá revisar para cima a projeção de 170 milhões de toneladas previstas no Plano de Safra 2012/2013. O incremento na produção, contudo, não deve se refletir em queda no preço dos alimentos. Primeiro, porque o aumento na colheita foi concentrado no milho, que segue em alta devido à quebra de safra nos EUA. Nas últimas semanas, a cotação do cereal subiu, chegando a bater recordes no mercado internacional, na medida em que se a seca consolidava a quebra de safra americana. Sem excedente para exportar, os EUA deixam de atender a demanda chinesa e de outros países asiáticos, diz Eledon Pereira, técnico da Companhia Nacional de Abastecimento.