quinta-feira, agosto 23, 2012

Será que vai acabar mesmo?, Ufa!

O projeto que extingue a obrigatoriedade da transmissão do programa A Voz do Brasil pode ser votado pelo Senado na próxima semana. O autor do projeto, senador Cyro Miranda (PSDB-GO) solicitou a inclusão da matéria na Ordem do Dia da sessão deliberativa ordinária de audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. por meio de requerimento que está agendado para ser analisado na próxima terça-feira. O projeto de lei revoga a alínea "e" do art. 38 do Código Brasileiro de Telecomunicações, para extinguir a obrigatoriedade de retransmissão pelas emissoras de radiodifusão sonora. Em sua justificativa, Miranda aponta que a obrigatoriedade "cerceia a liberdade de expressão do radiodifusor e a opção de o ouvinte escolher a programação de sua preferência". Além disso, o senador considera a transmissão obrigatória "uma ingerência injustificável do Estado em negócios privados e que ocasiona considerável perda de faturamento do setor". Na opinião do parlamentar, o fim da obrigatoriedade não implicará na morte do programa, pois as emissoras poderão continuar a veiculá-lo. "É importante frisar que não queremos extinguir o programa e sim a obrigatoriedade de veiculação", declara o senador. "Se a emissora verificar que o programa tem boa audiência, ela própria vai se encarregar da veiculação. São as emissoras que vivem de mídia, elas conhecem o que seus ouvintes querem ouvir", afirma. Outro argumento do parlamentar é que o governo possuiu extensa rede de comunicação - com canais de rádio, TVs e sites da internet para veicular o programa governamental. "Apesar de concedidas pelo estado, as outorgas não saem de graça e as emissoras já prestam muitos serviços para o Estado; a veiculação obrigatória de horário político é um deles. Portanto, não acho justa essa imposição", afirma o senador. O parlamentar afirma ainda que vai sugerir audiências públicas para discutir a proposta. Depois de passar pela Comissão de Ciência e Tecnologia, a proposta será submetida a emendas e, se for aprovada na Comissão, segue para a Câmara dos Deputados.

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