sábado, outubro 13, 2012

Cacauicultores convivem com desapropriações

Além das dívidas acumuladas há mais de 20 anos com a crise da cacauicultura brasileira, produtores do sul da Bahia, que lidera a produção do país, ainda convivem com desapropriações de propriedades para reforma agrária. Desde 1990, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foram desapropriadas na região 119 fazendas, ou pouco mais de 57 mil hectares. A área representa cerca de 11% do total ocupado pela cultura, em torno de 500 mil hectares no sul baiano, conforme estimativas da Associação dos Produtores de Cacau. Os números do Incra levam em conta a região do Baixo Sul, onde não há levantamento preciso sobre se todas as áreas são produtoras de cacau. Entre 2011 e este ano, foram desapropriadas três fazendas na região, onde ainda não foram criados assentamentos. De cada quatro a cinco vistorias de imóveis, uma, em média, resulta em desapropriação, conforme Marcos Nery, superintendente do Incra na Bahia. A instituição tornou-se inclusive “dona” da maior parte das propriedades da região cacaueira.

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