07 outubro 2012
Russomanno embaralha tradicional duelo PT-PSDB
Personagem principal e líder isolado da corrida eleitoral em São Paulo durante mais de um mês, Celso Russomanno (PRB) embaralhou a campanha no início, ao subir nas pesquisas, e no fim, ao cair de forma acentuada. Em um primeiro momento, surpreendeu adversários e analistas que previam nova polarização entre PSDB e PT. Nas últimas duas semanas, quando perdeu mais de 800 mil eleitores, passou a ter a presença no segundo turno ameaçada tanto pelo tucano José Serra quanto pelo petista Fernando Haddad. A pulverização dos eleitores que abandonaram Russomanno deu alento até a Gabriel Ghalita (PMDB), que cresceu na reta final e alcançou o patamar dos dois dígitos - ele apareceu com 10% na pesquisa Ibope/Estado/ TV Globo da semana passada e com 11% no Datafolha. Ainda há 9% de indecisos. O candidato do PRB estreou na liderança de uma pesquisa em dezembro de 2011. Teve 20% das intenções de voto em um levantamento do Datafolha. Mas seu nome era então confrontado com os de adversários fracos e pouco conhecidos - na época, Serra negava a intenção de ser de novo candidato à Prefeitura. No início de fevereiro, Russomanno havia caído para o segundo lugar, atrás de Serra. No fim daquele mês, o tucano admitiria a entrada na corrida eleitoral. Tratado como um fenômeno passageiro pelos líderes dos partidos rivais, o ex-apresentador de TV passou a crescer a cada pesquisa. Empatou tecnicamente com Serra em julho e o ultrapassou no mês seguinte. Tomou com mais força as áreas periféricas da cidade, redutos tradicionais do PT, aproveitando-se do vácuo gerado pela ausência da ex-prefeita Marta Suplicy, candidata petista à Prefeitura nas eleições de 2000, 2004 e 2008, sempre vitoriosa nas áreas mais afastadas do centro da cidade.
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