Rompido com Geraldo, compõe com Miralva

O ex-vereador Emanuel Acilino (PT), rompeu politicamente com o deputado federal Geraldo Simões (PT) e decidiu compor com a atual presidente do partido, Miralva Moitinho. Emanuel Acilino ficou insatisfeito com o tratamento recebido por Geraldo durante a eleição e, por conta disso, decidiu romper para apoiar o grupo adversário a Geraldo dentro do próprio PT. Em recente entrevista ao Blog do Ricky, Miralva deixou claro que teve uma participação meramente burocrática e institucional na campanha da correligionária Juçara Feitosa, sem qualquer envolvimento com a coordenação da candidatura. Ela defendeu a renovação no partido, a começar pela presidência, a qual ela não pretende disputar em 2013. E externa suas divergências com o deputado federal Geraldo Simões, para quem a presidente refuta o status de todo poderoso.

Num dos trechos mais contundentes da conversa com o blog, Miralva declara que o PT de Itabuna não soube interpretar os sinais emitidos pelo eleitorado nas eleições de 2008, quando Juçara Feitosa se candidatou a prefeita pela primeira vez, em uma estratégia de hegemonia familiar determinada pelo marido deputado. Eis o trecho: "O povo é sempre sábio. O povo é quem escolhe. Eu acho que o povo escolheu aquele que ele entendeu como sendo o melhor para Itabuna. Nós, que militamos na política, temos que ter essa sensibilidade de mudar na hora em que é preciso mudar. Às vezes, por não ouvirmos o povo, a gente acaba errando e aí embute uma outra derrota para o partido para o qual a gente está militando. Nós já havíamos recebido um alerta na eleição de 2008, e acho que esse alerta não foi tratado devidamente. A companheira Juçara foi candidata por um consenso dentro do partido, mas essa candidatura poderia ter acontecido após um tratamento sobre o desejo eleitoral de 2008. A gente teimou! Todo partido deve ser avaliado e também suas lideranças. O PT de Itabuna precisa passar por essa reflexão, avaliar melhor nossas prioridades. A gente não tem prestado atenção às prioridades. A gente precisa discutir a cidade”, concluiu.