sábado, dezembro 15, 2012

''A Ufesba será uma máquina de inclusão social''

Durante visita à Ceplac, para apresentação do projeto de implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), na manhã de sexta-feira (14), o professor Naomar Monteiro, presidente da comissão de implantação, disse que o modelo a ser adotado para a nova universidade, o de ciclos de formação, vai ampliar não só a oferta de vagas no ensino superior, mas vai garantir a oportunidade de inclusão para todos estudantes da escola pública dos municípios da região. “A Ufesba será uma máquina de inclusão social, sem perder a excelência acadêmica”, definiu. Naomar Monteiro afirmou que a apresentação ao superintendente da Ceplac, Juvenal Maynart, revelou uma convergência plena de ideias. “Eu diria que tudo o que o superintendente expressou sobre a realidade regional e a problemática do desenvolvimento é totalmente convergente com o modelo curricular, pedagógico, acadêmico e também teórico-metodológico do projeto da nova instituição”. Juvenal Maynart afirma que o modelo a ser adotado é o que sempre se esperou de uma universidade pública a partir de uma nova realidade brasileira, que busca o desenvolvimento econômico e social, valorizando a inclusão do povo brasileiro no acesso às riquezas, quais sejam materiais, sócio-culturais e ambientais - um neo-humanismo. “O que mais me fascinou no projeto apresentado pelo professor Naomar foi a real perspectiva de inclusão para todos esses brasileiros que residem nessa região”, diz Juvenal.
O ingresso na Ufesba se dará por duas formas: por meio de seleção geral, nos chamados bacharelados intermediários, e através dos colégios universitários, mediante seleção restrita aos estudantes de escolas públicas conveniadas. Serão implantados colégios universitários em todos os 46 municípios da região sul (individualmente, para os com mais de 20 mil habitantes, e em consórcios, para os menores), nas escolas públicas que oferecem o ensino médio. O aluno já terá, ao final desse primeiro ciclo, condições de escolher a área de formação que pretende seguir. Mesmo que ele não siga, já terá uma formação em nível universitário, baseado no modelo de certificações intermediárias. “Em vez dos alunos irem à universidade, esta vai até eles. Esse deslocamento para os campi centrais só ocorrerá quando o estudante tiver definições de carreira e trajetórias curriculares, a partir do segundo e terceiro ciclos”. Caso decida seguir, vai poder escolher sua área de formação, e ingressar no ciclo seguinte, o Bacharelado Intermediário, que também dará outro ‘diploma’ ao seu final. Por fim, quem seguir para a formação profissional desejada, no terceiro ciclo, terá concluído seus estudos com uma graduação específica, com uma profissão definida. “O aluno não vai apenas ingressar no ensino universitário, como terá reais perspectivas de conclusão dos cursos, diminuindo a evasão e, mais que isso, formando profissionais que terão, ao final dos ciclos, escolhido as profissões que realmente desejavam. Com isso esperamos formar profissionais mais qualificados e motivados”, afirmou Naomar Monteiro. O caminho para a formação profissional na Ufesba será o seguinte: aluno fará um ano e meio no colégio universitário, receberá o certificado de formação geral; já na sede, ao completar o primeiro ciclo (BI), já ganha o diploma de bacharel em humanidades, artes e ciências – não são bacharelados profissionais, mas são requisitos para entrada nos cursos-profissões; o segundo ciclo será o das profissões – médico, engenheiro, advogado etc -; já o terceiro ciclo será o de pós-graduações, mestrados e doutorados. “Esse modelo faz com que nada que o aluno faça na universidade seja perdido”. http://www.otrombone.com.br/

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