Mais da metade dos quase 2.500 estudantes de medicina que se formam neste ano no Estado de São Paulo não possui condições mínimas para atender a população. A avaliação é do conselho paulista de médicos, que reprovou 54,5% dos alunos no exame da entidade deste ano, o primeiro obrigatório para tirar o registro profissional. Não ser aprovado no exame não é impeditivo para o exercício da profissão. A prova teve a maior participação desde 2005, quando passou a ser aplicada. Em 2011, quando não era obrigatória, 418 alunos a fizeram. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) considera reprovado quem acerta menos de 60% da prova, de 120 questões. "Esses profissionais terão grandes problemas ao atender a população", afirma Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp. Apesar da ameaça de boicote por recém-formados, apenas 119 provas foram desconsideradas no resultado final porque estão sob análise. Dessas, 86 foram classificadas como protesto, pois nelas foi marcada somente a alternativa "B" das questões. Não haverá a divulgação de ranking de universidades com os melhores resultados, mas as instituições e o Ministério da Educação vão ter acesso aos resultados. As notas individuais também não serão de acesso público -só quem fez o exame vai conhecer sua nota. As restrições à divulgação dos resultados, segundo o conselho, fazem parte do acordo com as 28 instituições de ensino paulistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário