Em viagem oficial à Europa, a presidente Dilma Rousseff tenta se desvencilhar da turbulência que a aguarda em Brasília, produzida pela Operação Porto Seguro e pelo depoimento do empresário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão no julgamento do mensalão, que denunciou suposto envolvimento do ex-presidente Lula no esquema. Ao jornal francês Le Monde, Dilma disse "não tolerar" a corrupção. Na avaliação dela, porém, trata-se de um "flagelo que afeta todos os países".Em outro front anticrise, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, negou que a presidente tenha orientado o PT e aliados a reagirem a ataques a Lula. Na quarta-feira, a base aprovou convites para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o procurador-geral, Roberto Gurgel, deponham no Congresso – e derrubou sumariamente tentativas de conduzir a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha, supostamente envolvida em esquema de venda de pareceres, e do próprio Valério.
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