quarta-feira, janeiro 23, 2013

Hospital de Clínicas de Porto Alegre libera corpo errado para velório

Imagine receber, além da notícia de que perdeu um ente querido, uma ligação por telefone informando que o corpo transportado para o velório não é o do seu parente. Um caso assim aconteceu nesta quarta-feira (23) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Após cinco dias de sofrimento buscando atendimento para manter a vida da mãe que teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, o representante comercial Paulo César Corrêa da Silva, 36 anos, soube, na terça-feira, que Maria de Fátima Machado, 58 anos, não havia resistido. Como órgãos da dona de casa foram doados, a liberação para o sepultamento só ocorreu na quarta. Chamado pelo Clínicas, Silva deixou o hospital achando que transportava da Capital para Parobé, no Vale do Paranhana, o corpo da mãe. Para surpresa dele e do funcionário da funerária, o telefone tocou quando eles passavam por Canoas, na Região Metropolitana. — Ligaram do hospital dizendo que tínhamos levado o corpo errado, mas só tinha um óbito no local que entramos e uma funcionária nos disse que era a minha mãe — relata Silva. Avisado pela manhã de que o corpo seria liberado por volta das 11h, o filho tentou reconhecer o corpo que estava enrolado em um lençol branco, mas passou mal e precisou ser retirado do local. Sem cogitar a possibilidade de que não fosse a mãe, Silva permitiu que a funerária se encarregasse dos procedimentos necessários para liberação. Ele acredita que alguém da empresa responsável pelo ritual fúnebre do outro corpo tenha sido o responsável por identificar o erro da instituição. A situação só foi se resolver cerca de quatro horas depois. — Tive de reconhecer o corpo com medo que tivessem trocado de novo. Se ninguém tivesse me ligado, só ia ver que não era minha mãe quando abrisse o caixão no velório — conta o representante comercial. (ZH)

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