sexta-feira, janeiro 25, 2013
‘Reporteres Sem Frontairas’ denuncia monopólio da mídia no Brasil
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou ontem o monopólio midiático no Brasil, que parece “pouco modificado, 30 anos após a ditadura militar (1964-1985)”. Investigação da RSF, realizada em novembro e afinal revelada, mostra que fora uma dezena de grupos que dividem o monopólio da informação principalmente no eixo Rio-São Paulo, o país “conta com múltiplos meios de comunicação regionais, fragilizados pela extrema dependência em relação aos grandes centros de poder nos estados”. Trata-se de “uma tutela que afeta diretamente a independência” da imprensa, além de ser um “vetor de insegurança”, declara a organização. Observa que “o Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil” – Comenta – “O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, 1/4 de século depois da volta da democracia”. Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder”. Lastima – “Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massa”. Para reequilibrar o cenário da mídia brasileira, a Repórteres Sem Fronteiras recomenda reformar a legislação sobre a propriedade de grandes grupos e seu financiamento com publicidade oficial, assim como a melhoria (dos critérios) na atribuição de frequências audiovisuais. (Capital e AFP)
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