domingo, fevereiro 24, 2013

A economia é salva pela soja e pelo milho

O Brasil vai colher neste ano a maior safra de sua história: 185 milhões de toneladas de grãos. O volume recorde reforça a expectativa de que o país alcance, até a próxima década, o posto de maior fornecedor de alimentos do planeta, desbancando os Estados Unidos. Pelo menos em soja, essa virada está garantida já em 2013, com uma pequena diferença nas mais de 82 milhões de toneladas colhidas em cada lado. A arrancada no campo, acompanhada do papel de destaque nos negócios da carne, não confirma só uma vocação brasileira para ser celeiro do mundo, revelada nos anos 1970 com a abertura da fronteira dos cerrados. Dá a exata dimensão da âncora estabilizadora da economia nacional. "Nosso agronegócio cresce de forma interessante. Apesar de ser puxado pelos altos preços dos grãos, continua se diversificando, em vez de se especializar nos produtos mais rentáveis", diz José Garcia Gasgues, coordenador-geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura (Mapa). Uma prova disso é que o Brasil lidera o comércio mundial de cinco dos 10 principais itens agropecuários — café, açúcar, suco de laranja, soja e carne de frango, além de deter o maior rebanho bovino do planeta, com 213 milhões de cabeças. O país se tornou uma terra de oportunidades por ter a maior área agricultável do mundo (240 milhões de hectares) e melhores índices de produtividade, dentro de um contexto favorável de estoques mundiais de alimentos em queda e consumo crescendo a passos largos, puxado pelas classes médias de países emergentes, sobretudo os asiáticos.

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