domingo, março 31, 2013

Pacientes sem plano aguardam até cinco horas por atendimento em UPA

Criadas para desafogar as emergências dos hospitais públicos, são as Unidades de Pronto Atendimento que, agora, vivem superlotadas. Numa ronda feita pelo EXTRA em quatro UPAs das zonas Norte, Sul e Oeste e da Baixada Fluminense — como parte de uma série de reportagens sobre as saúdes pública e privada —, verificou-se que a espera média por atendimento chega a duas horas. Em Mesquita, na Baixada, um painel mostrava uma fila de até cinco horas e 27 minutos. Depois de Kissila, de 10 anos, virar a noite com febre, a mãe, a doméstica Maria de Fátima Araújo, de 48, procurou a UPA de Mesquita, em Edson Passos, às 11h de segunda-feira. Só às 15h30m, a menina conseguiu fazer o exame de sangue, que levaria duas horas para ficar pronto. A arrumadeira de hotel Eliana de Lima, de 30 anos, não gostou do atendimento à filha Vitória, de 1 ano e 3 meses:— Além de ter ficado horas esperando, acho que o atendimento não foi suficiente. Minha filha bateu a cabeça e $sem fazer raios X. Também na segunda-feira, a UPA de Senador Camará, na Zona Oeste, não tinha pediatra. Foi o terceiro lugar para onde a doméstica Débora Galdino, de 27 anos, levou Lara, de 3 meses: — Fui a dois postos de saúde, e não havia pediatras. Vou tentar um médico particular. Rosenilda Soares, de 30 anos, levou Graziele, de 5, à UPA da Tijuca. E gostou: — Apesar da espera longa e da falta de lugar para sentar, saí até com remédio para febre. A Secretaria municipal de Saúde afirmou que "a UPA Senador Camará está passando por mudanças gerenciais", mas alegou que trabalha para solucionar o problema rapidamente. A Secretaria estadual de Saúde declarou que, na UPA de Mesquita, "a demora no atendimento é decorrente do aumento de demanda" e que "a unidade atende pacientes de cidades vizinhas por conta da restrição de atendimento em outras unidades da região".

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