domingo, março 31, 2013

Vícios antigos põem reforma em risco

Discutida há mais de 15 anos, a reforma política ganha uma nova tentativa de aperfeiçoar a democracia brasileira. O conjunto de propostas chega ao plenário da Câmara nos dias 9 e 10 de abril sem a menor certeza de aprovação e de quais mudanças será capaz de imprimir. A atual revisão está calcada no financiamento público das campanhas, no fim das coligações proporcionais (vereadores e deputados) e em eleições simultâneas. Prestes a ser votada na Câmara, a reforma política tem metas ousadas: combater o caixa 2 e a influência de grandes corporações, dificultar as coalizões de conveniência e extinguir as siglas de aluguel. Apesar da consciência da necessidade de mudanças no sistema atual, nos corredores do Congresso anda mais fácil prever os resultados da loteria do que o desfecho da reestruturação. A discussão se converteu em um cabo de guerra, só que com múltiplas pontas. Interesses partidários, regionais e, muitas vezes pessoais, dificultam qualquer acordo. – A votação vai depender do clima na Casa – admite o relator, Henrique Fontana (PT-RS).

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