segunda-feira, maio 06, 2013

Policiais roubaram baldes de R$ 1,99 de ambulantes

Tomar na mão grande até baldes de R$ 1,99 de trabalhadores ambulantes era uma das especialidades de maus policiais civis e militares da ‘Tropa da Mixaria’, nas feiras de Bangu e Honório Gurgel, zonas Oeste e Norte, respectivamente. Roubar mercadorias era a punição a quem não tinha dinheiro para pagar a propina de R$ 5 a R$ 70, o ‘alvará’ do bando que permitia a venda em pontos irregulares. Para prender 53 PMs, do 14º BPM (Bangu) e 9º BPM (Rocha Miranda), e sete civis, da 34ª DP (Bangu) e Delegacia de Repressão aos Crimes de Propriedade Imaterial (DRCPIm), além de 18 ‘cobradores’, a Corregedoria da PM e a Secretaria de Segurança realizaram terça-feira a Operação Compadre, a maior de combate à corrupção escancarada no varejo. O DIA teve acesso a detalhes da investigação, que ainda fecha o cerco a delegados e oficiais da PM, identificados pelos nomes de guerra. Recolher dinheiro nas ruas era a principal tarefa dos maus policiais. Um deles, o sargento Izanildo Silva Pereira, o Índio ou Chacal, seria ‘segurança’ de Luiz Carlos Brito dos Santos, o Mota, responsável por cobrar a propina em feira de Honório. No dia 30 de junho, Mota roubou baldes de ambulante que não tinha dinheiro em plena luz do dia com proteção policial.

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