O velho Certificado de Depósito Bancário (CDB), perto de completar 50 anos, continua sendo o carro-chefe entre os instrumentos de captação de recursos dos bancos, com estoque de R$ 622,9 bilhões. Desde 2010, porém, o estoque de CDBs já se reduziu em quase um terço, cedendo espaço a papéis mais jovens, como as letras financeiras e as letras de crédito imobiliário (LCI) e agrícola (LCA). As diferentes modalidades de letras já somam um saldo equivalente a 60% do estoque de CDBs, ou R$ 371,8 bilhões. Esses papéis nasceram com atributos que o CDB não tem. As letras financeiras e de crédito, por exemplo, são isentas do recolhimento do compulsório. Na prática, isso significa que o banco fica com mais dinheiro disponível para emprestar se captar com letras do que com CDBs. Além disso, as letras financeiras, criadas há apenas quatro anos, garantem ao banco uma estabilidade no passivo. Por lei, não podem ter vencimento inferior a dois anos, enquanto os CDBs têm liquidez diária. O CDB tem vencimento médio de nove meses, considerando-se as estimativas de resgate antecipado. Já as letras financeiras têm prazo médio de 26 meses.
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