sábado, julho 27, 2013

Jornada Mundial da Juventude - Só o Papa salva

A escolha de Jorge Mario Bergoglio para Papa da Igreja Católica deixou muito brasileiro ressabiado. Quatro meses depois, em visita ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, evento que sofre com desorganização gigante — caos no transporte público e mudanças de locais de cerimônias em cima da hora, fatos que fizeram o prefeito Eduardo Paes dar nota zero à organização da festa —, o Papa Francisco virou uma unanimidade por sua empatia e comunicação com o público, algo que não se via desde João Paulo II. Circulou pela cidade num carro popular de vidros abertos em dia de mau tempo, sorrindo e beijando criancinhas. Quebrou protocolos e disse que gostaria de entrar em casas de Varginha para tomar cafezinho, mas não cachaça. E lembrou do hábito dos brasileiros de colocar mais água no feijão para partilhar comida, deixando fiéis histéricos. Após a Via Sacra, ontem, trezentos manifestantes protestaram na Avenida Atlântica, assustando peregrinos, mas foram isolados pela Força Nacional. Ao que parece, ninguém se lembra mais que o Papa é argentino. Ou o conceito de "ser argentino" (milagre!) pode estar mudando para os brasileiros. A melhor resposta foi dada pelo próprio Francisco, em tom de brincadeira, como o brasileiro gosta, no voo de Buenos Aires para o Rio: - Vocês já têm Deus brasileiro, e ainda querem o Papa brasileiro. Vocês não se conformam com nada, não?

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