O governo dos Estados Unidos analisa invadir a Síria "a partir de quinta-feira", informou uma fonte de Washington à emissora local NBC. A mesma fonte acrescentou que os ataques devem durar "três dias" e que o objetivo da Casa Branca é enviar uma mensagem ao governo de Damasco. Desde 2011 são registrados conflitos entre rebeldes e forças do presidente Bashar al-Assad na Síria. Além de Washington, Londres também está analisando a possibilidade de uma intervenção militar na Síria. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, suspendeu ontem suas férias e voltou para Londres por conta da crise, acirrada nesta semana com a chegada de um grupo de inspetores das Nações Unidas que investigará o suposto uso de armas químicas nos conflitos. O governo russo, aliado de Assad, advertiu que as tentativas de "desconsiderar o Conselho de Segurança [da ONU] mais uma vez, criando desculpas artificiais sem embasamento para uma intervenção militar na região, vão produzir mais sofrimento na Síria e consequências catastróficas para outros países do Oriente Médio e Norte da África". O porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, ainda destacou que as denúncias do uso de armas químicas na Síria não foram comprovadas. O Irã, por sua vez, advertiu que um ataque contra a Síria provocaria "graves consequências" em "toda a região". Teerã sugeriu uma "solução política" à crise e que os líderes europeus tomem "decisões sábias", evitando intervenções. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país "está preparado para qualquer cenário" e que responderá "com força" a possíveis ataques. "Não fazemos parte da guerra civil na Síria, mas se identificarmos qualquer tentativa de nos atacar, vamos responder", concluiu, em comunicado. (JB)
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