Só é pequeno, mas, um traíra perigoso
A sessão ordinária desta terça-feira, 27, na Câmara de Vereadores de Ilhéus começou bastante tumultuada e, como diz no ditado popular: pegando fogo! Os servidores municipais em greve há mais de 35 dias e sem perspectiva de retorno lotaram o plenário da casa, na tarde de ontem, para solicitarem do legislativo a intervenção junto ao executivo o cumprimento do acordo salarial assinado com os representantes da categoria, na semana passada na sede do poder municipal. Durante o pequeno expediente, o vereador Roque do Sesp (PSC) visivelmente nervoso, usou a palavra e numa clara demonstração de ter sido orientado por fontes palacianas saiu em defesa do prefeito alegando que o município está endividado e não poderia conceder o aumento. Com a voz embargada, Roque perdeu a compostura e decidiu atacar os servidores: “Aqui no parlamento quem fala é os vereadores, não vamos aceitar ser vaiado ou até desmoralizado por ninguém, a prefeitura não tem dinheiro e vocês [servidores municipais] não tem paciência… seus porra, porra… não vai ter aumento”, gritou transloucado. A fala do vereador “lamparina” – conhecido como colocador de lâmpadas na zona Sul, foi batizado a partir de hoje como o vereador da “porra”. Não é a primeira vez que o neófito político perde as estribilhas. Recentemente, o hômi da porra usou a tribuna e confessou em alto e bom som, que ganha dois salários: um como vereador e outro também alto como servidor ausente no SESP e, anda dizendo ainda, que só saiu candidato a vereador para somar as finanças. Após o protesto dos presentes, o presidente do legislativo, Jó, decidiu por encerrar a sessão, e com isto conseguiu evitar um possível linchamento do pequeno vereador “pauzinho mandado” de Jabinho. Texto: Fábio Roberto – DRT/BA 6355
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