terça-feira, agosto 13, 2013

PMs acusados de desvio milionário de gasolina no Rio

Seis policiais militares - quatro deles lotados no 16º BPM (Olaria), um integrante do 3º Comando de Policiamento de Área (CPA) e outro membro do Comando de Operações Especiais (COE) - foram acusados num Inquérito Policial Militar de participar do desvio de 1,3 milhão de litros de gasolina no 16º BPM, por pelo menos um ano. No grupo, há oficiais. O resultado da investigação foi publicado no boletim interno da PM. De acordo com o relatório, os pedidos de combustível eram feitos quase diariamente. Às vezes, a quantidade solicitada ultrapassava os 15 mil litros de capacidade de armazenamento do tanque do 16º BPM. Para aumentar o valor da fraude, notas fiscais de outros batalhões eram lançadas no livro da unidade.“Comprova-se o desvio com a total discrepância entre a quantidade de gasolina que entrava no tanque do 16º BPM e a quantidade de gasolina gasta no período”, afirma o documento. Segundo as investigações, o sargento Daniel Azevedo Moura Ramos fazia os pedidos de gasolina à Subseção da Diretoria de Logística, responsável pelo controle de combustíveis da PM. Quanto aos outros cinco acusados, não há provas de que atuavam diretamente no esquema, mas, segundo a investigação, eles foram, no mínimo, coniventes. Para que as solicitações do sargento Daniel fossem aceitas, era preciso ter a assinatura do tenente Cesar Augusto Chaves Machado, Oficial Chefe de Manutenção do 16º BPM. O subtenente Arthur Buarque Caetano, também lotado na unidade, atestava o recebimento da gasolina e lançava as notas fiscais num livro. As informações eram levadas à P4 do 16º BPM (setor responsável pela logística do batalhão), onde eram aprovadas pelos majores Rafael Pereira Freire, do COE, e Emerson José dos Santos, do 16º BPM. O sexto citado é o do major Flávio dos Santos Cardozo, chefe da Subseção da Diretoria de Logística do 3º CPA. Um sargento disse ter relatado as fraudes ao oficial, sem que providências fossem tomadas.


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