Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, na Câmara Municipal de Ilhéus, os servidores públicos municipais decidiram aguardar até esta quarta-feira uma posição do governo municipal quanto o fechamento do acordo para garantir o fim da greve geral que já dura cerca de 30 dias. E na manhã desta quarta-feira os trabalhadores estarão realizando uma nova assembleia às 8 horas da manhã, também na Câmara de Vereadores, para analisar o movimento e caso o governo municipal não aceite a contraproposta apresentada pelos servidores, não estão descartadas medidas mais radicais como forma de sensibilizar o prefeito para a necessidade de fechar o acordo e acabar com a greve. Na segunda-feira os representantes de todos os sindicatos de servidores públicos municipais apresentaram ao governo uma nova proposta de negociação. Os trabalhadores já havia flexibilizado em decidir não reivindicar qualquer aumento salarial, mas sim a revisão das perdas com base na inflação, como determina a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, além de não reivindicar o reajuste, mas sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram nesta segunda feira a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas. A proposta ficou de ser analisada pelo governo municipal, que deverá se posicionar a qualquer momento com relação ao fechamento do acordo. Assinado o acordo, os trabalhadores também se comprometem em acabar imediatamente com a greve e continuarão discutindo com o governo municipal sobre a análise das contas da prefeitura e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município. “A decisão de acabar a greve está agora com o governo municipal. Já abrimos mão de quase tudo para acabar com a paralisação. Resta agora ao prefeito ser flexível e entender que estamos querendo apenas o cumprimento da lei”, disseram os líderes dos cinco sindicatos de servidores públicos municipais. Os trabalhadores informaram que já fizeram tudo o que era possível para se chegar a um acordo, mas não dá para abrir mão do que determina a legislação, que é o piso salarial nacional dos professores e a revisão da inflação para os demais servidores.
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