O custo do arsenal de medidas que o governo brasileiro teve de usar para combater os efeitos da crise global iniciada em 2008 chega a, pelo menos, R$ 832 bilhões, ou 16,5% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em cinco anos. Este montante inclui as principais ações adotadas desde a fase mais aguda da crise até agora. Em 2009, no auge da turbulência global, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a chamar a turbulência de "marolinha", subestimando seus efeitos sobre a economia brasileira. Recentemente, ao comentar a volatilidade no câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o país atravessa uma "minicrise" O GLOBO inicia hoje uma série de reportagens sobre os cinco anos que sacudiram o mundo após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, marco da maior crise econômica desde a Grande Depressão, que eclodiu em 1929. Preocupado com os efeitos deste crescimento na inflação, o governo pisou no freio em 2011 e promoveu um forte ajuste fiscal, que fez a economia desacelerar, e o PIB cresceu apenas 2,7% naquele ano. A atividade acabou pagando o preço alto do ajuste também em 2012, quando o Produto cresceu apenas 0,9%. Para este ano, a taxa está estimada em 2,5%.
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