Em assembleia realizada nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, os professores da rede estadual colocaram um ponto final à greve que completa 78 dias. A decisão respeita o acordo firmado com o Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, após uma reunião em Brasília com representantes do governo e do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Mas nem por isso a sessão foi tranquila. Parte dos grevistas reclamaram da proposta e queriam dar continuidade à paralisação. Sexta-feira é o dia da audiência dos professores municipais, que também entraram em greve no dia 8 de agosto. Uma ativista presa durante as manifestações em apoio à greve dos educadores participou da assembleia, na Zona Norte, e chegou a chorar ao pedir que eles não voltassem ao trabalho. Conhecida como Sininho, ela é presença constante em todos os protestos da cidade e ocupa lugar de liderança. "Esta luta é de todo mundo", disse, para um público de cerca de 600 presentes, de acordo com o Sepe. A reunião durou cerca de 2 horas. A expectativa é de que as aulas recomecem até segunda-feira. A questão sobre como serão feitas as reposições demorou a ser votada, porque o grupo contrário ao acordo começou um tumulto logo após a divulgação do resultado. O ano letivo deve ser estendido até janeiro, e há possibilidade de aulas aos domingos. O ministro Luiz Fux havia dito que, caso a paralisação não fosse encerrada, os professores não poderiam mais contar com a colaboração do STF. (Veja)
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