A polícia da Itália confirmou nesta quinta-feira que o mensaleiro Henrique Pizzolato está no país. Ex-diretor do Banco do Brasil, Pizzolato saiu do Brasil clandestinamente para não ter de cumprir a sentença de doze anos e sete meses de prisão em regime fechado no julgamento do mensalão. Segundo a polícia, ele entrou na Itália por uma fronteira terrestre e desde então não o localizaram. “Ele está na Itália. Mas não sabemos onde”, informou a assessoria de imprensa da polícia italiana. As autoridades do país europeu também afirmam que Pizzolato é “um homem livre” e que o alerta vermelho emitido pela Interpol não justifica a prisão de um italiano dentro da Itália – Pizzolato tem dupla cidadania. O mensaleiro teria partido para a Itália pela Argentina, utilizando a segunda via do seu passaporte italiano – a primeira foi retida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na calada da noite, Pizzolato seguiu viagem para o Paraguai e, de lá, seguiu para a Argentina. O trajeto, de 1.600 quilômetros, foi percorrido de carro e demorou aproximadamente vinte horas parra ser cumprido. Em Roma, o Ministério da Justiça também afirmou “desconhecer” o paradeiro de Pizzolato, e insiste que, por enquanto, ele é um “homem livre”. "Trata-se, por enquanto, de um cidadão normal, livre, e que não existe motivo para o Ministério da Justiça entrar em campo. Só vamos agir quando e se ele for preso. Ele pode estar na Itália, como pode estar em qualquer lugar também da Europa com um passaporte italiano", informou a assessoria de imprensa do ministério. Esta foi a primeira vez que o governo italiano se pronunciou sobre o caso. Para a Justiça italiana, ele só pode ser alvo de uma ação judicial caso o Brasil formalize um pedido de extradição ou se a Interpol conseguir capturá-lo em solo italiano. "Nesse caso, um tribunal então avaliaria sua condição e então decidiria se ele pode ou não ser extraditado. Tendo isso em mãos, o Ministério da Justiça faria uma consideração política sobre o caso", disse o ministério. Nesta quarta, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que tome providências sobre a situação de Pizzolato como foragido do país. Na petição, foi apresentada três opções ao presidente do STF, Joaquim Barbosa: a realização de um pedido formal de extradição, a solicitação de que ele cumpra as penas na Itália, ou que ele seja submetido a um novo julgamento no país europeu. (Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário