sábado, novembro 16, 2013

Sucesso de ‘The walking dead’ intriga especialistas

“American horror story: Coven” é sensacional, mas, com “The walking dead” no ar, não tem para mais ninguém. A série de zumbis está fazendo um sucesso tão estrondoso de audiência nos Estados Unidos que se tornou o primeiro lugar entre os programas mais vistos pelo público de 18 a 49 anos, o mais cobiçado. Aqui é o carro- chefe da Fox. Analistas se debruçam sobre o fenômeno. O crítico da “Variety” aponta o elenco como um dos pontos fortes do programa. Destaca o trabalho de Scott Wilson (ator que é a cara de D. Pedro II) como Hershel. Outro acerto, defende, é o menino que interpreta Carl (Chandler Riggs). O mais recente episódio (atenção, spoilers) exibido terminou com o ressurgimento do Governador (David Morrissey), numa cena que anunciou uma sensacional virada. Com guinadas assim, fica claro que “The walking dead” também se apoia em roteiros excelentes. Quando o mundo dividido entre vivos e zumbis estava caindo na repetição, surgiu uma peste. Mas ela rendeu apenas alguns episódios. A dramaturgia não admite barrigas e esse é um dos maiores trunfos do programa. A “Variety” louva também a presença maciça de atores negros, sem que fique uma impressão de ação afirmativa: “o resultado é orgânico. No mundo da série, o racha é entre vivos e mortos”, diz o texto. Todos esses pontos são verdadeiros. Mas ninguém pode analisar essa produção sem contemplar a questão moral. Há quatro temporadas no ar, “The walking dead” não teve um capítulo sequer em que o certo e o errado não tivessem sido questionados. O frescor, a “crocância” da série se deve principalmente a isso. As dúvidas que se colocam são de caráter pré-mosaico. Ou seja: Rick e sua turma ainda estão inventando as Tábuas da Lei. (Patrícia Kogut)

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