A Petrobras anunciou ontem reajuste de 4% no preço da gasolina e de 8% no valor do óleo diesel nas refinarias. O aumento nas bombas deve ser imediato, mas em percentuais um pouco inferiores. O reajuste atende ao pedido da Petrobras que ganhou força a partir de em abril, na tentativa de reduzir a diferença entre o valor do combustível comprado do Exterior e o que vende no país, calculada em 27,6%. Em reunião que durou seis horas ontem, o conselho de administração, cuja palavra final é dada pelo governo, atendeu parcialmente o pedido da estatal, que era de uma correção de pelo menos 6%. – O reajuste dá fôlego para a Petrobras por pelo menos mais quatro meses, evitando que fragilize ainda mais o seu caixa – explica Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Neste ano, a gasolina acumula alta de 10,9% nas refinarias – a presidente da empresa, Graça Foster, vinha afirmando que a estatal precisaria de reajuste da ordem de 13% para zerar a diferença com o mercado externo. O aumento anunciado ontem deve chegar às bombas um pouco mais baixo, de 2,5%, conforme projeções da Tendências Consultoria. A gasolina vendida nos postos tem 25% de adição de etanol, cujo valor é menor, o que reduz o impacto do reajuste. O óleo diesel deve subir 6% para os motoristas.
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