17 dezembro 2013

Agricultores viram ‘empresários’ em esquema de fraude em Areal


Sem saber ler e escrever, ele carrega, com vigor, a enxada com as mãos calejadas pelo tempo. As rugas profundas marcam o rosto pela idade, 67 anos. As roupas simples e o inseparável chapéu de palha remetem à história de vida de Sebastião Furtado. Trabalhador rural, como ele mesmo diz, desde que ‘se entende como gente’, a trajetória é oposta à que mostra o seu currículo no mundo dos negócios como empresário. Em nome dele há 13 empresas, entre elas, postos de gasolina e churrascaria com dívidas trabalhistas e tributárias incalculáveis. Só em multas expedidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), os valores podem chegar a R$ 20 milhões.‘Seu’ Sebastião é uma das quatro pessoas humildes localizadas pelo DIA no pequeno município de Areal, Centro Sul Fluminense. Em comum, elas são analfabetas ou com pouca instrução, mas aparecem como sócias de 50 empresas com dívidas estimadas em mais de R$ 50 milhões. 

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