A força-tarefa para investigar a guerrilha do Araguaia que o MPF (Ministério Público Federal) inicia hoje deve resultar na denúncia imediata dos casos de quatro vítimas da repressão na ditadura. Em estágio adiantado de apuração, eles serão os primeiros a serem encaminhados à Justiça pelos nove procuradores que têm a missão de acelerar a conclusão de inquéritos já abertos e iniciar outros. A criação do grupo é uma resposta à condenação do Brasil, em 2010, pela Organização dos Estados Americanos. A entidade obrigou o país a punir os responsáveis pelo desaparecimento de mais de 60 participantes do movimento de resistência ao regime na região amazônica, nos anos 1970. "Os autores podem ser denunciados por crimes como sequestro e ocultação de cadáver", diz o procurador Ivan Marx, membro da comissão. Com prazo inicial de seis meses para concluir o trabalho, os procuradores vão passar janeiro analisando os processos. A primeira reunião presencial será no mês que vem, em Brasília, para estudar documentos e definir teses de argumentação. (Mônica Bergamo)
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