Atletas brasileiros de elite pediram à Polícia Federal que investigue a participação de estrangeiros, principalmente quenianos, em corridas de rua no país, como a São Silvestre. Alegam que corredores de fora têm sido inscritos em provas nos últimos cinco anos de modo irregular. Usam visto de turista, e não o de trabalho. Os ministérios do Esporte e da Justiça também serão notificados. "Queremos o respeito às normas, que incluem visto específico, carta-convite da prova e autorização da confederação do país de origem e da brasileira", diz Conceição Oliveira, tricampeã do Circuito Nacional de Corridas e membro do movimento, com 60 atletas, entre eles Maria Zeferina Baldaia. Para Conceição, a disputa é desleal: "Os estrangeiros competem, ganham e vão embora". Já os brasileiros participam de provas para entrar no ranking. A Confederação Brasileira de Atletismo diz que a lei permite que estrangeiros disputem provas e recebam prêmios em dinheiro, mas exige visto diferente caso seja pago cachê. Afirma cobrar a autorização da entidade do país de origem. "O atletismo é esporte amador. Não há atletas profissionais na modalidade." (Mônica Bergamo)
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