terça-feira, abril 29, 2014

Grávida pode ter sido enterrada com bebê ainda vivo

Uma mulher, de 28 anos, grávida de oito meses morreu no início do mês após ter ficado três dias internada na Maternidade Municipal Amor Esperança, em Caldas Novas (GO) e pode ter sido enterrada com seu bebê ainda vivo. Ortenísia da Costa Dias não passou por uma cesariana para a retirada do feto e o corpo não foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), segundo apontam as investigações. Também só foi feita certidão de óbito da mãe. A família de Ortenísia denunciou o caso à polícia pois estranharam o fato dela ter sido enterrada com o feto na barriga. Além disso, desconfiaram de que houve falhas no atendimento médico que poderiam ter resultado na morte do bebê. A pedido da delegada responsável pelo caso, o corpo foi exumado nesse domingo pela Polícia Técnico-Científica. O resultado deve sair em dez dias. Casada e mãe de três filhos, Ortenísia estava grávida de oito meses quando sofreu um infarto no último dia 7 e foi levada a Maternidade Municipal Amor Esperança. Ficou internada por três dias mas no dia 10, não resistiu e morreu. A Secretaria de Saúde de Caldas Novas informou que os profissionais envolvidos no atendimento serão ouvidos para saber se havia possibilidade de ter salvado o bebê. Pra o advogado da família, o hospital cometeu dois erros graves: não ter feito a cesariana para tentar salvar a criança e caso o bebê estivesse morto, haveria a necessidade de fazer o registro do natimorto e expedir a certidão de óbito. A delegada explica que como a família não soube ao certo o que ocasiou a morte da mãe e se o bebê morreu antes ou depois dela e já que o IML não esteve no local, só a exumação do corpo forneceria as respostas e confirmaria se houve ou não negligência por parte do hospital. (Tribuna)

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