sábado, agosto 23, 2014

Costa substituiu Gabrielli na Petrobras 24 vezes

Preso desde junho e réu em dois processos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa foi presidente interino da estatal em 24 ocasiões de 2005 a 2012, período em que a empresa comprou a refinaria de Pasadena, nos EUA, numa operação que causou prejuízo milionário. Ele também é acusado de agir em benefício do esquema do doleiro Alberto Youssef nesse mesmo período. Ao todo, foram 95 dias no cargo. O regimento da Petrobrás dá ao presidente - à época José Sergio Gabrielli - o direito de escolher o substituto. Costa só não ficou mais no cargo máximo da Petrobrás do que o ex-diretor de Exploração e Produção Guilherme Estrella, que assumiu a cadeira de Gabrielli 36 vezes e 116 dias. A frequência com que Costa era chamado a comandar a estatal contrasta com o depoimento de Gabrielli dado em junho à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobrás. O ex-presidente da estatal negou que Costa fosse seu "homem de confiança". O ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró, protagonista na compra da refinaria de Pasadena, ficou seis vezes no cargo. Jorge Zelada, também ex-diretor de Internacional, três. Ao lado de Costa, os dois são apontados como responsáveis pelos prejuízos causados à estatal em razão da compra da refinaria. Os dados sobre a permanência de diretores na presidência da Petrobrás na gestão Gabrielli foram obtidos pelo Estado via Lei de Acesso à Informação.

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