Três em cada quatro paulistanos são contra a demolição do elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, revela pesquisa Datafolha. A discussão sobre o destino da via esquentou após o novo Plano Diretor (conjunto de regras para orientar o crescimento da capital) prever a criação de lei que estabeleça sua desativação ou transformação em parque. A estrutura é uma importante ligação viária entre as zonas leste e oeste e região central da cidade. Para 53% dos entrevistados, o elevado deveria continuar como está, voltado apenas para carros. Outros 23% acham que o Minhocão deveria virar um parque. Somadas, as duas alternativas, que mantêm a estrutura de pé, têm a preferência de 76% dos entrevistados. Apenas 7% são a favor da demolição --17% não souberam responder. A opção de manter o Minhocão como está é a preferida entre todas faixas etárias, de renda e graus de escolaridade pesquisados. Entre os mais velhos (65 anos ou mais) a hipótese é a escolha de 65%. A manutenção da estrutura também é a principal escolha entre usuários de carros (60%), metrô (54%), ônibus (52%) e pedestres (52%). Só não é a preferência da maioria dos ciclistas --a bicicleta é o meio de transporte menos citado pelos entrevistados. Entre esse grupo, 39% preferem que a via seja transformada em parque. Entre os mais jovens, a opção também tem alto índice de adeptos (32%). Atualmente o elevado é utilizado como espaço de lazer pela população da região à noite, aos domingos e feriados, quando é fechado para carros. Porém, os moradores da cidade mais a favor da transformação em parque são os da zona norte (29%). Esse índice no centro é menor (17%). A maior aprovação da demolição do Minhocão está entre os mais escolarizados (15%) e os mais ricos (25%). O futuro do elevado foi discutido em uma audiência pública na Câmara Municipal neste mês. Há um projeto de lei tramitando na Casa que visa a transformação do elevado num espaço verde.
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